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DANIEL AUGUSTO DA CUNHA FARIA 


Nasceu em Baltar, Paredes, a 10 de Abril de 1971.

Frequentou o curso de Teologia na Universidade Católica Portuguesa – Porto, tendo defendido a tese de licenciatura em 1996.

No Seminário e na Faculdade de Teologia criou gosto por entender a poesia e dialogar com a expressão contemporânea.

Licenciou-se em Estudos Portugueses na faculdade de Letras da Universidade do Porto. Durante esse período (1994 - 1998) a opção monástica criava solidez.

A partir de 1990, e durante vários anos, esteve ligado à paróquia de Santa Marinha de Fornos, Marco de Canaveses. Aí demonstrou o seu enorme potencial de sensibilidade criativa encenando, com poucos recursos, As Artimanhas de Scapan e o Auto da Barca do Inferno.

Faleceu a 9 de Junho de 1999 quando estava prestes a concluir o noviciado no Mosteiro Beneditino de Singeverga.

OBRAS:

 

  • 1991 -  Uma Cidade com Muralha
  • 1992 -  Oxálida
  • 1993  - A Casa dos Ceifeiros      
  • 1998  -  Explicação das Árvores e de Outros Animais
  • 1998 -  Homens que são como Lugares mal Situados
  • 1999  - A vida e conversão de Frei Agostinho: entre a aprendizagem e o ensino da Cruz
  • 2000  -  Dos Líquidos
  • 2000  - Legenda para uma casa habitada

COMEMORAÇÃO - 50 anos Daniel Faria

         50 ANOS DO NASCIMENTO DO POETA DANIEL FARIA

 

Assinala-se este ano de 2021, concretamente no dia 10 de abril, o cinquentenário do nascimento de Daniel Faria, considerado um “Poeta Maior da Língua Portuguesa” e um dos grandes poetas místicos portugueses do século XX, senão o maior. Nasceu em Baltar, Paredes, e aí aprendeu as primeiras letras e fez os seus estudos básicos, tendo frequentado escolas que hoje integram o Agrupamento. Em 2005, deu o seu nome à Escola Secundária e, em 2012, foi adotado como patrono do Agrupamento, então recém-criado.

A obra poética de Daniel Faria é reveladora de grande densidade. É, espiritual e humanamente, profunda. Trata-se de uma poesia em que o sagrado se aproxima do humano e nele se manifesta. É uma poesia cujos versos “põem o mistério a ressoar em redor de nós”, como disse Sophia de Mello Breyner. Estes versos brotam de uma escuta silenciosa e emergem da forma como Daniel Faria vê o mundo, com o seu olhar místico, vertendo no signo linguístico um profundo sentido metafísico.

Para comemorar o quinquagésimo aniversário do nascimento de Daniel Faria, o Agrupamento, com a coordenação de um grupo de Professores, tenciona desenvolver um conjunto de atividades. Porém, estas atividades estão condicionadas pelo contexto de pandemia que se vive e a sua concretização, em qualquer modalidade, dependerá do evoluir da situação. Independentemente da realização ou não realização de quaisquer atividades, Daniel Faria, com a sua escrita poética, continua vivo e assim permanecerá. É “A verde bondade de permanecer” (1)

 

Professor Manuel Lopes

 

(1) 4.º verso do último poema da Parte III – DAS MANHÃS – “Explicação das Árvores e de outros Animais”.

Comemoração do quinquagésimo aniversário de Daniel Faria

(10 de abril de 1971)

 

    No Domínio de Articulação Curricular (DAC), a turma B do 12.º ano desenvolveu um projeto subordinado ao tema “A figura feminina na poesia de Daniel Faria”, de modo a lembrar o aniversário do poeta, no qual participaram, numa primeira fase, as disciplinas de Português e História A.

    Assim, os alunos concretizaram as atividades planificadas de forma efetiva e empenhada, selecionando, em grupos, poemas do poeta onde estivesse presente a figura feminina, criando um conjunto de palavras alusivas às características ou sentimentos dessas mulheres e apresentando uma relação intertextual com um quadro de um pintor modernista, cuja biografia também foi elaborada pelos discentes. Ainda visualizaram um vídeo e fizeram pesquisa de informação sobre a vida e obra de Daniel Faria, da qual resultou a redação de uma breve biografia do autor, que abrirá o conjunto dos trabalhos que se segue.

 

Daniel Faria nasceu em Baltar, Paredes, a 10 de abril de 1971. Desde pequeno desejou ser padre e frequentou o seminário do Porto, para ser padre diocesano.  Frequentou o curso de Teologia na Universidade Católica Portuguesa do Porto. No Seminário e na Faculdade de Teologia criou gosto por entender a poesia e dialogar com a expressão contemporânea. Licenciou-se em Estudos Portugueses na Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Durante esse período a opção monástica criava solidez. A partir de 1990, e durante vários anos, esteve ligado à paróquia de Santa Marinha de Fornos, Marco de Canaveses. Aí demonstrou o seu enorme potencial de sensibilidade criativa encenando, com poucos recursos, “As Artimanhas de Scapan” e o “Auto da Barca do Inferno”. Faleceu a 9 de junho de 1999, na sequência de uma queda, quando estava prestes a concluir o noviciado no Mosteiro Beneditino de Singeverga. Dizem os que com ele privaram que passava o tempo a ler e a escrever, o que explica a obra longa na vida breve. Daniel Faria é considerado um dos maiores poetas portugueses do final do século.

Projeto DAC – Glossário bilingue do universo poético de Daniel Faria

Turma 10.º D (Português e Inglês)

 

Este eBook – Glossário bilingue (Português / Inglês) resulta do trabalho desenvolvido no âmbito do projeto DAC da turma D do 10.º ano, para assinalar os 50 anos do nascimento do poeta Daniel Faria. Deste modo, a turma junta-se a um extenso programa comemorativo da vida e obra do poeta.

Inspirados pelo génio criador de Daniel Faria, os discentes fazem uma homenagem ao seu patrono que nos deixou há cerca de 20 anos. Na disciplina de Português, foram selecionados e analisados poemas, a partir dos quais se criaram árvores / nuvens lexicais. Na disciplina de Inglês, os alunos trabalharam diversos poemas do autor, a partir da tradução de Richard Zenith. O trabalho realizado e compilado neste ebook comportou também a criação de nuvens lexicais e a leitura expressiva dos poemas em língua inglesa, com um fundo musical escolhido por cada grupo de trabalho.

 

O poeta partiu, mas a sua vasta obra permanece. 

 

Cabe-nos a todos descobrir o seu ideário poético e deixar-nos desafiar pela intensidade da sua obra

 

Nós já começámos…

 

Clica na imagem para abrir o ebook

 

Dt: Jerónima Ribeiro de Sousa

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Projeto DAC –  Daniel Faria - 10.º C - EBOOK

 

Homenagear Daniel Faria, que completaria este ano 50 anos, é a vontade que anima este projeto. Com ele, pretendemos expressar a nossa admiração pelo poeta e, assim, juntarmo-nos ao programa de comemoração da data que a Casa Daniel Faria propõe.

Ora, o ebook apresentado resulta de um trabalho interdisciplinar que envolveu quatro disciplinas. Cada uma, em função da sua especificidade, permitiu um olhar diferente para a obra do poeta.

Assim, a disciplina de Português possibilitou a leitura e interpretação; A de inglês permitiu, através da tradução da obra por Richard Zenith, desenvolver o nosso conhecimento da língua; A de Educação Física, - por incrível que pareça! -, levou-nos a exprimir os versos de diversos poemas através de movimentos corporais e a de Biologia e Geologia, também a partir de versos de diferentes poemas, conduziu-nos à contemplação da biodiversidade e a uma melhor compreensão de conceitos biológicos, relacionados com a relações que se estabelecem entre seres vivos e entre estes e o meio.

Concluindo, nós envolvemo-nos neste projeto com bastante empenho, orgulhosos por homenagearmos o patrono da nossa escola, o Poeta Daniel Faria.

 

 

Clica na imagem para abrir o ebook

 

No âmbito da comemoração dos “50 Anos do Nascimento de Daniel Faria”, os alunos do 9.º C elaboraram, na disciplina de Educação Visual, um conjunto de trabalhos, tendo por base o poema “Há muitos metros entre um animal que voa”.
Cada aluno criou, individualmente, uma composição plástica, das quais resultou um trabalho de síntese elaborado em grupo turma. Este trabalho será apresentado no próximo ano letivo, na exposição de artes plásticas comemorativa dos “50 Anos do Nascimento de Daniel Faria”, organizada pelo Agrupamento.
Apresentam-se algumas das propostas individuais e o trabalho final da turma. Na elaboração dos trabalhos individuais, foram utilizados, como suporte, diferentes tipos de papel/cartão e, como técnicas/materiais de desenho/pintura, principalmente o pastel seco e, pontualmente, a aguarela.
No trabalho final, o suporte é constituído por uma tela de 1m2 , tendo sido utilizada uma técnica mista de colagem (a partir de fragmentos de alguns dos trabalhos individuais) e espátula, com a utilização de cola branca e um pigmento cerâmico.

 

O poema trabalhado:
Há muitos metros entre um animal que voa
E a escada que desço para me sentar no chão
Mas basta-me um quadrado de sossego
Para a distância absoluta
Está para além do que se vê a janela onde me debruço definitivo
Não é uma aparição
Nem se pode alcançar sem se ir em frente caindo
Só no fim da paisagem estou de pé como um para-quedista que desce
Suspenso como os santos num arroubo místico
Erguido como um anjo em suas asas
E sinto-me ser alto como um astro. Nuvem
Como se fosse um homem
Que levita
Daniel Faria, in Homens que são como Lugares mal Situados